sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Partilha GOU Dominus - 13/11


Glórias ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no Princípio, Agora e Sempre. Amém.

            A Paz e a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo meus irmãos!

                            A capacidade de amar e de visualizar as realidades temporais e as realidades eternas com os olhos de Deus cresce na mesma medida em que dentro do homem cresce a intimidade com seu Criador – através da vivência dos sacramentos, da oração e do jejum – e o grau de santidade alcançado pela conversão diária, renúncia do pecado e vida de cruz.
                           “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Romanos 12, 2).Diante da angústia interior sentida pelo homem moderno frente a uma realidade marcada pelo esvaziamento de valores morais sólidos, difusão de diversas religiões e doutrinas que veiculam do relativismo ao ateísmo niilista, o apóstolo São Paulo nos exorta sobre a necessidade de ancorarmos nossa fé naquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14, 6). A encarnação do Verbo é a manifestação maior de Deus que se comunica com os homens ao longo da História. Não mais apenas no plano da transcendência, a vinda de Jesus à terra – Deus que habita no meio de seu povo – significa a passagem do diálogo entre Criador e criatura ao plano da imanência, ou seja, da materialidade, do Senhor que mostra-nos Sua face. Resgatados da morte e libertos da escravidão do pecado, pelo sacrifício de Cristo reafirmamos a espera ansiosa de fazermos morada junto ao Pai no lar eterno.
                           O Espírito Santo paráclito presente na história humana desde o princípio dos tempos, na força dos Patriarcas, passando pela voz e unção dos profetas do Senhor e dos apóstolos na nascente comunidade cristã, ainda hoje e até o fim dos dias, permanecerá inflamando os corações daqueles que verdadeiramente desejam ser testemunhas de Cristo “em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (Atos dos Apóstolos 1, 8). E é pela ação do Espírito Santo que há derramamento de dons e carismas para a edificação da Santa Igreja e para a maior honra e glória de Deus, que é possível combater o mundanismo que “jaz no maligno” (1 João 5, 19 ) e renovar a face da terra. Jesus nos prometeu o Espírito do Pai que nos revestiria da “força do Alto” (Lucas 24, 49), e é desta força que devemos nos alimentar para permanecermos firmes até o fim, alcançando a Salvação (Mateus 24, 13).

                           No Gou Dominus de terça-feira (13/11) meditamos a mensagem contida no Livro do Apocalipse de São João, em seu capítulo 21, versículo 5, proclamada através dos lábios proféticos de nosso irmão Fernando, filho abrasado pelo fogo do Imaculado Coração de Maria.

                           O caráter escatológico do Livro do Apocalipse exige do cristão uma chave de interpretação peculiar: ao contrário do livre entendimento das Escrituras veiculado pelas doutrinas cristãs diversas, a Igreja Católica é a portadora do Depósito da Fé (Depositum Fidei), fundamento sólido através do qual reconhecemos seguramente a voz do Espírito Santo a se comunicar com o povo do Senhor. “O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, foi confiado aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma” (Catecismo da Igreja Católica, § 85). Ancoramos nossa fé nas próprias palavras de Cristo, “quem vos ouve a mim ouve” (Lucas 10, 16), plenamente guardada e transmitida pelos apóstolos, desde Pedro, perpetuada pela Tradição e pelo Magistério da Santa Igreja Católica.
                          “Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras” (Apocalipse 21, 5). O cunho profético que cerca a linguagem do Livro do Apocalipse deve inspirar no cristão não a angústia de um fim destrutivo, mas a alegria de um presente e futuro mergulhados em esperança. Somos os destinatários das promessas de Jesus a nos dizer que renova todas as coisas, fazendo-nos novos homens e novas mulheres renascidos junto à Sua ressurreição. Os sinais dos tempos nos proporcionam a certeza de Sua vinda gloriosa e a oportunidade de decidir tomarmos posse da condição de escolhidos para a comunhão eterna de amor junto ao Pai: “Vinde, benditos de Meu Pai, recebei em herança o reino que vos está preparado desde a criação do Mundo” (Mateus 25, 34).

                          Nossa Senhora Rainha dos Corações, rogai por nós!

                         Do escravo de Maria,
                         Adelino.

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