quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Partilha GOU - 23/10


Amados, Paz e Graça!

                          A contemplação do Infinito é o anseio eterno da alma do homem, a qual somente quando em perfeita comunhão de amor com seu Criador torna-se completamente saciada. “Quando eu estiver inteiramente em Vós, nunca mais haverá dor e provação; repleta de Vós por inteiro, minha vida será verdadeira” (Sto. Agostinho, Confissões). Gratidão plena é o reconhecimento sincero da grandiosidade de Deus e de seu amor incondicional frente a pequenez e o nada do homem, assim como a doação ilimitada de si mesmo, criatura que Lhe deve, por excelência e primeiramente, a própria existência, em corpo e alma.
                         Em Sua misericórdia sem fim, cumula a face da terra com Seu Espírito, derramando orvalhos de graça e dons. Toda a criação reflete e faz reverência ao Seu soberano poder; toda a beleza é testemunho de Sua infinita perfeição. A nós foi dado viver em Sua divindade, participar da ceia de sua mesa na morada eterna; entretanto, a desobediência original rompeu com a Primeira Aliança. Ainda assim, não por nossos méritos mas por Sua bondade prometeu-nos Salvação, e na plenitude dos tempos, novamente fez brilhar Sua luz.
                         Louvar ao Senhor por Ele ser quem é (Êx. 3, 4) dignifica a natureza humana manchada pelo pecado. Louvá-lo na terra é antecipar o louvor que Lhe renderemos no Céu, diante de Sua glória, junto de todos os anjos e santos.

                         No Gou Dominus de terça-feira (23/10), exultamos de alegria ao meditar o livro dos Salmos, em seu capítulo 32, que nos veio por meio da voz de nossa irmã Mariane, amparada pela voz e pelas mãos de nossa Mãe Maria.

                         “Eis os olhos do Senhor pousados sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua bondade” (Sl 32, 18). Desde o princípio dos tempos, mesmo ante a iniqüidade e a ingratidão, Deus em sua fidelidade não abandonou os homens à mercê da própria sorte. A encarnação do Verbo, “pelo qual tudo foi criado” (João 1, 3), se deu para o resgate da dignidade perdida e para o retorno dos filhos ao Pai.
                         Esperar no Senhor, em sua magnanimidade e cuidado com os seus, amor sem limites demonstrado na História da humanidade desde sempre, significa reconhecê-Lo como Rei do Universo e Soberano não só no plano do intelecto, mas também em adesão viva aos seus ensinamentos, na vida prática, nas obras, no plano da conduta e da moral. O verdadeiro testemunho cristão implica à fuga do pecado, renúncia do mundo, pregação do Evangelho e participação dos Sacramentos, principalmente a Eucaristia e a Reconciliação. Comungar do amor perfeito de Deus e regozijar em sua Paz é mais do que uma atitude passiva, mas sim uma decisão de vida, certa da passagem da vida peregrina para a vida eterna.

                        Salve Maria, Rainha dos Corações!

                        Do servo,
                        Adelino.

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