Paz e Graça da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo amados!
As moções as quais o Senhor tem nos levado a meditar em nossos corações e a exortar pela pregação, hoje com maior profundidade e zelo que em qualquer outro momento, são apelos proclamados ao longo de toda a história do cristianismo, através do Magistério da Santa Igreja, pela Tradição, pela vida dos Santos e dos mártires, e, nestes tempos que são os últimos, através mesmo das aparições de Nossa Senhora, de modo especial em La Salette (França, 1846) e em Fátima (Portugal, 1917): o retorno aos caminhos de santidade, à verdadeira conversão e ao testemunho de vida cristão.
Tais preceitos, de certa forma negligenciados pelo ministério de pastoreio por parte do Clero –“porque meu povo se perde por falta de conhecimento” (Oséias 4, 6) – e também por parte dos cristãos em geral, são a principal forma de se alcançar a necessária pureza de coração, “sem a qual ninguém pode ver a Deus” (Mateus 5, 8).
Entretanto, o esfriamento da fé de muitos, ao mesmo tempo em que provoca uma imensa evasão dos fiéis em direção a outras religiões e doutrinas, filosofias e sabedorias do mundo, contrárias à Sabedoria de Deus – situações estas profetizadas e condenadas por São Paulo: “o Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores” (1 Timóteo 4, 1-2), “[...] porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério” (2 Timóteo 4, 3-5) – provoca também o levante de uma nova geração de profetas e santos que se colocam a serviço da Igreja e do Evangelho para serem sustentáculos da fé nesta era de apostasia e propagação de anti valores, que toma o mal por bem, que exalta o hábito de viver no pecado como virtude, uma depravação geral visível e sensível, veiculado no modo geral médio de pensar, na naturalidade com a qual o pecado é tratado, nas músicas, nos livros, nos meios de comunicação social, que reduz o empenho cristão “ao plano comunitário e social, esquecendo o dever pessoal de viver na graça de Deus e caminhar pela estrada de santidade” (Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, MSM). Adultérios, vida sexual anterior ao matrimônio, materialismo, hedonismo, cultura de morte, homossexualismo e diversas outras situações tomadas como resultado de um suposto progresso intelectual e moral do mundo, mas que retratam na verdade um retrocesso do mundo.
O chamado de resposta ao espírito do mundo nos é feito diariamente frente a esta situação. E noGou Dominus de terça-feira (20/11), o Senhor nos traz como convocação a mensagem contida no Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, em seu capítulo 5, versículos 13 a 16.
As palavras do Santo Evangelho são fonte de renovação na forma de visualizarmos o mundo e na própria forma de conduzirmos nossas vidas, desde que assimiladas com a alma e o intelecto em comunhão com o discernimento dado pelo Espírito Santo.
“Vós sois o Sal da Terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens" (Mateus 5, 13).
Uma vez alimentados pelo sopro da vida e pela graça da existência, somos constituídos por Deus como continuadores da obra criadora e guardiões do mundo. Nas comunidades primitivas, o sal era utilizado não apenas com a atual finalidade, a de conferir sabor ao alimento. Seu valor mais profundo, e é neste sentido que Jesus se expressa no Santo Evangelho, era o de proteger o alimento contra a corrupção e a depravação. O nosso ministério de vida, ou seja, a razão para a qual existimos e fomos criados, é vivermos em comunhão de amor com nossos irmãos e com Deus, e colocarmos nossos dons a serviço e entrega na conservação do mundo. Existimos para exercermos o ofício do sal, na sua acepção mais profunda.
"Vós sois a Luz do Mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. (Mateus 5, 14 – 15).
Ao animar as realidades terrenas com as inspirações cristãs movidas pelo Espírito Santo, somos convocados por Deus a ser luzeiros que iluminam os caminhos daqueles que se deixaram envolver pelas trevas da presunção de autossuficiência do homem, muitas vezes atuante como cristão na Santa Igreja, mas ateu nas estruturas temporais. É exatamente no campo do trabalho manual, do trabalho intelectual, no plano da cultura, da ciência e da política que devemos dar verdadeiro testemunho da fé.
"Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5, 16).
Pela intercessão de nossa Mãe Maria, que possamos tomar posse das palavras que o Senhor a nós dirige, afim de refletirmos o brilho de Sua face em nossos olhos e sermos dignos de, um dia, fazer morada no lar eterno.
Nossa Senhora, Rainha dos Corações, rogai por nós!
Do escravo de Maria,
Adelino.
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