quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Partilha GOU Dominus - 27/11


     A Paz e a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo amados!

                           “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (I Coríntios 6, 19).
                           Gozamos da condição de criaturas do Senhor, e como tal, somos participantes da natureza divina. O pecado original, ainda que tenha impresso em nossos corpos e almas a mancha da desobediência, que nos impulsiona ao orgulho, à soberba, à vaidade, ao conflito entre a vontade da carne e a vontade do Espírito (Gálatas 5, 16), já não é capaz de nos escravizar, pois recebemos através do sacrifício de Jesus Cristo a realização da promessa de Deus feita aos homens, qual seja, o retorno à condição de Seus filhos e o perdão dos pecados: Porquanto os filhos participam da mesma natureza, da mesma carne e do sangue, também ele participou, a fim de destruir pela morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o demônio, e libertar aqueles que, pelo medo da morte, estavam toda a vida sujeitos a uma verdadeira escravidão” (Hebreus 2, 14-15)
                           A ressurreição gloriosa de Jesus também resplandeceu em nós um avivamento do Espírito, pois lavados das trevas que em nós habitavam, o sopro de vida do Senhor agora alcança as profundezas de nosso coração, o qual permanecia selado para a Graça. Uma vez resgatados ao amor do Pai, somos conduzidos como Sal da terra e Luz do mundo (Mateus 5, 13-16) e fortificados a trilhar os caminhos de santidade para o qual somos todos chamados(Levítico 19, 2).
                           A participação nas realidades temporais as quais estamos inseridos, realidades de abandono da fé, de revolta contra o Criador, de crescente progresso técnico mas crescente miséria moral, exige dos filhos de Deus um renovado ardor apostólico e desassombro no testemunho do Evangelho (Efésios 6, 20), principalmente frente ao propagado relativismo da Verdade que induz os cristãos a reduzirem seu empenho humano e o exercício sua fé somente ao círculo comunitário da Igreja, de modo que na sociedade os induz a agirem como ateus. Por esta razão, o próprio Senhor capacita e inspira o homem, ainda que limitado aos sentidos da natureza. No sacramento do Batismo, recebemos o Espírito do Pai prometido por Jesus, e quanto mais crescemos na fé e na intimidade com o Senhor, mais exercemos a manifestação dos dons e dos carismas para Sua maior honra e glória.

                          No Gou Dominus de terça-feira (27/11), meditamos a mensagem contida do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João, em seu capítulo 3, versículo 8, proclamada por nossa irmã Mariana, revestida da autoridade dos profetas do Senhor.

                         “O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aqueles que nascem do Espírito” (João 3, 8).
                          O exercício dos carismas é uma graça concedida por Deus que, mesmo não necessitando da participação humana em Seu plano salvífico, sendo o puro amor em essência permite que O auxiliemos na edificação da Santa Igreja e da comunidade, na libertação e cura de nossos irmãos. Ele permite que experimentemos ainda no mundo a vida de Espírito e Luz que viveremos no céu. Os dons do Espírito são a iluminação divina e o derramamento sobrenatural de inspirações celestes sobre os homens que, em oração constante ao Altíssimo, pedem humildemente Sua poderosa intervenção em todas as situações nas quais, pela fraqueza humana, não podem superar. Cheios do Espírito Santo que recebemos no nosso Batismo, quando há uma efusão de sua presença, ou seja, quando nós, na condição de Templos do Espírito, não conseguimos contê-lo dentro da alma, transbordamos Seu amor, materializado em prodígios que ultrapassam a compreensão humana.
                         Na comunidade Cristo nos convoca a exercermos o ofício atribuído à todas as ovelhas de Seu rebanho: vida de Apóstolos no Espírito Santo, anunciadores do Evangelho revestidos da força do Alto. Não poucas vezes desacreditamos do poder da oração e do exercício dos carismas, por sabermos da pequenez instalada em nossos corações. Mas não é pelo nosso mérito, nem para vanglória pessoal que Deus concede a graça, mas para a conversão de Seu povo e para a vida da Santa Igreja.
                        “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito;a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz” (I Coríntios 12, 4-11).
                        O sopro do Espírito Santo em nós é livre e nos inspira a liberdade que gozam os filhos de Deus, basta que deixemos ser levados por sua suavidade. Somos chamados a ser, nestes dias, movidos pelo Espírito, Apóstolos dos Últimos Tempos (T.V.D., 55, São Luís Maria Grignion de Monfort), capazes de incendiar o mundo e renovar a face da terra!

                        Nossa Senhora, Rainha dos Corações, rogai por nós!

                       Do escravo de Maria,
                       Adelino.

Partilha GOU Dominus - 20/11


Paz e Graça da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo amados!


                              As moções as quais o Senhor tem nos levado a meditar em nossos corações e a exortar pela pregação, hoje com maior profundidade e zelo que em qualquer outro momento, são apelos proclamados ao longo de toda a história do cristianismo, através do Magistério da Santa Igreja, pela Tradição, pela vida dos Santos e dos mártires, e, nestes tempos que são os últimos, através mesmo das aparições de Nossa Senhora, de modo especial em La Salette (França, 1846) e em Fátima (Portugal, 1917): o retorno aos caminhos de santidade, à verdadeira conversão e ao testemunho de vida cristão.
                             Tais preceitos, de certa forma negligenciados pelo ministério de pastoreio por parte do Clero –“porque meu povo se perde por falta de conhecimento” (Oséias 4, 6) – e também por parte dos cristãos em geral, são a principal forma de se alcançar a necessária pureza de coração, “sem a qual ninguém pode ver a Deus” (Mateus 5, 8).
                             Entretanto, o esfriamento da fé de muitos, ao mesmo tempo em que provoca uma imensa evasão dos fiéis em direção a outras religiões e doutrinas, filosofias e sabedorias do mundo, contrárias à Sabedoria de Deus – situações estas profetizadas e condenadas por São Paulo: “o Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores” (1 Timóteo 4, 1-2), “[...] porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério” (2 Timóteo 4, 3-5) – provoca também o levante de uma nova geração de profetas e santos que se colocam a serviço da Igreja e do Evangelho para serem sustentáculos da fé nesta era de apostasia e propagação de anti valores, que toma o mal por bem, que exalta o hábito de viver no pecado como virtude, uma depravação geral visível e sensível, veiculado no modo geral médio de pensar, na naturalidade com a qual o pecado é tratado, nas músicas, nos livros, nos meios de comunicação social, que reduz o empenho cristão “ao plano comunitário e social, esquecendo o dever pessoal de viver na graça de Deus e caminhar pela estrada de santidade” (Aos Sacerdotes, filhos prediletos de Nossa Senhora, MSM). Adultérios, vida sexual anterior ao matrimônio, materialismo, hedonismo, cultura de morte, homossexualismo e diversas outras situações tomadas como resultado de um suposto progresso intelectual e moral do mundo, mas que retratam na verdade um retrocesso do mundo.
                             
                            O chamado de resposta ao espírito do mundo nos é feito diariamente frente a esta situação. E noGou Dominus de terça-feira (20/11), o Senhor nos traz como convocação a mensagem contida no Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, em seu capítulo 5, versículos 13 a 16.

                            As palavras do Santo Evangelho são fonte de renovação na forma de visualizarmos o mundo e na própria forma de conduzirmos nossas vidas, desde que assimiladas com a alma e o intelecto em comunhão com o discernimento dado pelo Espírito Santo.
                           “Vós sois o Sal da Terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens" (Mateus 5, 13).
                           Uma vez alimentados pelo sopro da vida e pela graça da existência, somos constituídos por Deus como continuadores da obra criadora e guardiões do mundo. Nas comunidades primitivas, o sal era utilizado não apenas com a atual finalidade, a de conferir sabor ao alimento. Seu valor mais profundo, e é neste sentido que Jesus se expressa no Santo Evangelho, era o de proteger o alimento contra a corrupção e a depravação. O nosso ministério de vida, ou seja, a razão para a qual existimos e fomos criados, é vivermos em comunhão de amor com nossos irmãos e com Deus, e colocarmos nossos dons a serviço e entrega na conservação do mundo. Existimos para exercermos o ofício do sal, na sua acepção mais profunda.
                           "Vós sois a Luz do Mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. (Mateus 5, 14 – 15).
                          Ao animar as realidades terrenas com as inspirações cristãs movidas pelo Espírito Santo, somos convocados por Deus a ser luzeiros que iluminam os caminhos daqueles que se deixaram envolver pelas trevas da presunção de autossuficiência do homem, muitas vezes atuante como cristão na Santa Igreja, mas ateu nas estruturas temporais. É exatamente no campo do trabalho manual, do trabalho intelectual, no plano da cultura, da ciência e da política que devemos dar verdadeiro testemunho da fé.
                          "Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5, 16).
Pela intercessão de nossa Mãe Maria, que possamos tomar posse das palavras que o Senhor a nós dirige, afim de refletirmos o brilho de Sua face em nossos olhos e sermos dignos de, um dia, fazer morada no lar eterno.

                         Nossa Senhora, Rainha dos Corações, rogai por nós!

                         Do escravo de Maria,
                         Adelino.

ANDORINHAS Especial de Natal 2011 (em breve...)