Paz e Graça da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo amados!
O anúncio da Salvação dada aos homens por Jesus não nos é apresentado como opção, mas como dever, pois que, uma vez libertos do jugo do pecado e da morte , e na condição de criaturas adotados como filhos, nossa existência é um constante louvor de gratidão a Deus, e nossas vidas a Ele pertencem. Assim, a glória manifestada em nosso testemunho vivo deve ser a glória de Jesus. Em sua infinita misericórdia, Ele vale-se de nossa infinita pequenez para revelar-Se e conduzir-nos a Seu amor.
Colocar-se a serviço do Reino de Deus torna completa e verdadeira a vida humana, visto que este é o próprio e primeiro chamado feito ao homem por seu Criador: o de auxiliá-Lo na permanente obra criadora. Na plenitude dos tempos – encerrada a Revelação feita através dos profetas – Jesus nos revela por inteiro o plano salvífico do Pai, e para tanto, também nos convoca a difundir a Boa Nova. A plenitude dos tempos é o nosso tempo. Somos os setenta e dois discípulos enviados ao mundo representando toda a comunidade cristã, investidos da missão de ensinar a peregrinação rumo à casa do Pai.
No Gou Dominus de terça-feira (09/10) meditamos a mensagem contida no Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, em seu capítulo 10, versículos 17 – 20, proclamada com desassombro e como é seu dever por nossa irmã Carol, inflamada de ousadia dada pelo Espírito Santo.
Embasados e capacitados na sã doutrina, fortificados pela oração e pela fé, santificados pelo Espírito que nos reveste, somos enviados ao mundo para pregarmos autenticamente Jesus Cristo e seu Evangelho. “Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (I Cor, 9, 16). É o próprio Senhor quem nos convoca a ser, como nas palavras de São Luís Maria Grignion de Monfort e de Nossa Senhora de La Salette, os Apóstolos dos Últimos Tempos, que iluminam os caminhos de escuridão pelos quais trilham os homens.
O nosso servir não deve, entretanto, nos ser motivo de usurpação da honra e dignidade devidas somente a Cristo. Somos movidos, em nossa indignidade e pequenez, pelo Espírito Santo, que utiliza-nos como instrumentos, valendo-Se de nosso intelecto, coração e vida para agir e transformar outras vidas. O Espírito concede Seus carismas não para nos engrandecer, mas para vivenciá-los na comunidade, e somente com o coração humilde podemos recebê-los, como nos testemunha São Paulo: “Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade”(II Cor 12, 7).
Peçamos ao Senhor a graça da humildade, para que nossos olhos estejam fixos nos tesouros que se ajuntam não na terra, mas no Céu. “Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos de que os vossos nomes estejam escritos nos céus” (Lc 10, 20).
Salve Maria, mãe de Deus e nossa!
Do servo,
Adelino.